quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Opções de alimentação dentro e fora da FaC ajudam os alunos a cuidar da saúde e economizar.

Alimentação é quase sempre sinônimo de preocupação entre as pessoas, principalmente quando a mesma precisa ser feita fora de casa. A cesta básica do Fortalezense foi considerada a mais cara do Brasil, de acordo com a última pesquisa realizada, em setembro deste ano, pela Proteste Pesquisas.  Por decorrência disso, alimentar-se fora de casa está custando cada vez mais. Na Faculdade Cearense (FaC) os alunos têm a sua disposição uma cantina em cada campus, que oferecem uma variedade de opções, além de vários ambulantes no entorno dos campus que proporcionam uma maior oferta.

Segundo o representante da instituição, prof. Marco Antônio, a FaC tem, aproximadamente, três mil novecentos e sessenta alunos matriculados nos turnos da manhã e noite. Com esse volume de pessoas, as cantinas precisam ter uma oferta de alimentos que possa suprir a grande demanda dos alunos. 

Há cinco anos à frente das cantinas dos campus I e II da FaC, Elcias Bezerra Filho, mas conhecido como “tio da cantina”, oferece para os estudantes um leque variado de opções de lanche, tais como: salgados diversos, sobremesas, bolos, lasanhas, pratinhos típicos, sanduíches naturais, vitaminas, sucos, refrigerantes, entre outras opções.

Em média, o “tio da cantina” atende por dia cerca de 800 estudantes nos períodos da manhã e noite. Dentre as opções, o mais procurado é o velho salgado com refrigerante, que custa R$ 3,50. Ele afirma que são vendidos em torno de 200 salgados no turno da manhã e 300 no turno da noite.

Elcias já alimentava os estudantes da FaC muito antes de arrendar a cantina. Ele trabalhava com um carrinho de lanches na calçada da faculdade e, com o passar do tempo, as pessoas começaram a gostar dos lanches e surgiu o convite para trabalhar dentro da instituição. Todos os semestres a cantina passa por melhorias na estrutura, no quadro de funcionários e também na inovação do cardápio. Em relação ao valor dos produtos, o “tio” garante que é de acordo com o valor de mercado e acessível ao bolso do estudante.

O consumo de alimentos no interior da Faculdade Cearense é intenso, principalmente no período da noite, quando se concentra o maior volume de alunos da instituição. Segundo análise do economista Claudio Salgueiro, professor e pesquisador de Economia Doméstica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), 30% do salário do brasileiro é gasto com alimentação. Quando se trata de pessoas que só realizam suas refeições fora de casa, esse número cresce para aproximadamente 43%, ou seja, se gasta quase metade do salário em alimentação.

Realizando um comparativo entre os valores médios de um lanche na cantina da FaC, composto por um salgado e um refrigerante, podemos constatar que o estudante gasta em média R$ 3,50 por dia. Se ele alimentar-se todos os dias, em um mês gastará em torno de R$ 73,50. Esse valor, baseado no salário mínimo de R$ 670,00, é equivalente a pouco mais de 11%. “É relevante lembrar que estamos tratando apenas de um “lanche” realizado pelo estudante, se considerarmos que esse mesmo estudante almoça na rua, esse percentual de gastos com alimentação aumenta significativamente”, completa o economista. 

Já nos arredores da FaC, a oferta de serviços, valores e opções de lanches é a mais variada possível. São aproximadamente 12 ambulantes nas proximidades dos campus I e II, com opções de comidas para todos os gostos. Espetinhos, pratinhos típicos, cachorro quente, batatinha frita, sanduíches e outras diversidades. Em pesquisa, observamos que entre os vendedores ambulantes os preços podem ser mais baratos ou mais caros, porém as opções encontradas são mais variadas do que nas cantinas internas.

O vendedor ambulante, Caetano, 43 anos, afirma que seus preços são bem acessíveis aos alunos, pois sabe das dificuldades que eles têm para sair do trabalho para a faculdade e lanchar todos os dias. “Por saber dessa dificuldade dos alunos, mantenho os preços bem em conta”, afirma. 

Segundo Caetano, ele atende uma média de 300 alunos por dia e há 8 anos monta sua barraquinha do lado da Faculdade Cearense, que funciona das 17:30 às 22:00. O maior movimento é a partir da hora do intervalo, das 20:00 às 21:00.

O estudante do 6º semestre de Jornalismo, Eduardo Soares, 31 anos, acha interessante a presença de ambulantes nos arredores da FaC, dando outras opções em relação ao lanche e também aos preços que acabam sendo mais baratos do que nas cantinas da faculdade, além de dar a opção do aluno tomar uma cervejinha depois da aula, principalmente na sexta-feira. “Eu costumo frequentar bastante nos intervalo pra tomar minha cervejinha”, conclui o aluno.

A estudante de Jornalismo Marianna Gomes, 21 anos, lancha todos os dias na cantina da faculdade. Ao sair do estágio não tem tempo de passar em casa e por isso está na sua rotina se alimentar diariamente no campus I da FaC. Ela gasta mensalmente R$80,00 e esse consumo influencia na sua renda. A universitária ainda reclama dos altos preços. “O valor dos alimentos na faculdade são muito caros tendo em vista o público, quase todo formado por estudantes que fazem estágio”, diz. Apesar de considerar os valores abusivos, Marianna prefere lanchar na cantina, mesmo que a oferta fora do campus seja maior. Ela avalia que o comércio externo também é caro e que não tem boa qualidade.

Ao contrário de Marianna, a aluna de Administração, Paula Rafaelly, 25 anos, se alimenta fora do campus II, por considerar maior a variedade de lanches e preços, pois enquanto dentro da faculdade o salgado e refrigerante custam R$ 3,50, a mesma opção em um ambulante custa R$ 2,50. Economia que para ela faz um diferencial no final do mês, já que merenda todos os dias fora, e pode  contar ainda com as outras opções de lanches como açaí na tigela, churros e  até culinária com pratos finos.

Independente do local, dos valores e da forma como será feita a alimentação, uma precaução precisa ser tomada, analisar sempre as condições que os alimentos estão sendo servidos, manuseados e armazenados. Isso previne incômodos e surpresas principalmente na saúde. Outra dica importante é pesquisar, já que existe tanta oferta, é válido observar os locais que vendem o famoso lanche mais barato. Economizar, por exemplo, 50 centavos no dia pode até ser pouco, mas se calculado no mês essa economia pode chegar até a R$ 15,00 reais. Então, atenção às dicas e bom apetite!

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