quinta-feira, 3 de outubro de 2013



O regime especial para gestantes universitárias que está previsto em lei - Decreto-Lei nº 1.044/69 e leis nº 6.202/75 (alunas gestantes) e 10.421/02 (mãe-adotiva), muitas vezes não é cumprido nas faculdades ou nem mesmo é divulgado para as gestantes. Algumas universitárias que não estão informadas sobre a lei, simplesmente trancam a faculdade, por não conseguirem acompanhar as aulas, trabalhos e provas, logo em seguida ao parto. No entanto, existem faculdades que dispõem de informações paras gestantes estudantes em seus manuais que, muitas vezes, estão disponíveis nos sites e nem mesmo são lidos por essas estudantes.

Quando uma mãe universitária consegue se inscrever no regime especial, que é pago, ela recebe instruções sobre como será o procedimento durante esse afastamento. No período em que a universitária fica afastada de suas funções acadêmicas, a universidade fica responsável por mandar trabalhos valendo notas parciais e frequência via e-mail, e isso é acordado no ato do pagamento da taxa do regime especial. Tudo bem simples, mas na prática não é o que acontece.

O que seria um descanso para a mais nova mamãe, acaba se tornando um pesadelo. A desorganização de algumas faculdades faz com que muitas alunas acabem perdendo o semestre, sendo reprovadas por falta de notas e frequência. Isso porque elas ficam esperando o que foi acordado por parte da instituição, porém nada é feito. Mamães mais espertas, vão em busca de seus direitos que por diversas vezes são desrespeitados.

Vendo que o acordo não está sendo cumprido, voltam da licença maternidade sobrecarregadas de trabalhos e provas, tudo o que deveria ter sido feito com calma, vira um verdadeiro transtorno, ou seja, tudo tem que ser feito em cima da hora, então o jeito é negociar com os professores para conseguir conciliar todas as atividades.

Mas os problemas não acabam por aí, mesmo depois de fazer todos os trabalhos e provas, a aluna ainda pode ter surpresas no fim das contas, como, por exemplo, ficar reprovada por falta de profissionalismo de alguns docentes. E se a

reclamação é feita por parte da estudante, a faculdade simplesmente diz que tudo será resolvido, que isso sempre acontece, é tudo normal.

A mulher, durante o período de licença maternidade, precisa de serenidade para passar todo amor e carinho ao novo ser que chegou ao mundo, e faculdades irresponsáveis dificultam (e muito!) esse momento tão especial.

Será que mulheres em “estado interessante” (gestantes estudantes) precisam parar de estudar para ter uma licença maternidade com uma melhor qualidade ou as faculdades é que precisam se adequar melhor para acolher essas alunas? É necessário acima de tudo o respeito pela vida, pelo próximo, aí sim, haverá um melhor cumprimento das leis.

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  2. Nossa, me vi dentro dessa postagem, foi similar o que houve comigo e que ainda estou lutando para resolver, já que acabei reprovando em duas matérias por conta da falta de compromisso de dois professores. Foi um dos piores semestres que tive na minha vida, pensei que seria mais tranquilo e que me ajudaria no pós-parto, mas eu só me estressei e ainda estou sendo chamada de chata pelos próprios professores.

    23/11/2017 Gilmara Silva

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